As intensas críticas feitas por criadores de gado na União Européia, quanto à importação de carne bovina do Brasil, têm dificultado os embarques brasileiros. O saldo do primeiro semestre, entretanto, é positivo, com incremento de 2,1% em volume e 7,5% em faturamento em relação ao mesmo período do ano passado.
Em junho de 2007, porém, houve queda significativa nas exportações para o bloco europeu. No comparativo com maio, a retração foi de 23,3%, e em relação a junho de 2006 o recuo foi de 11,4% no faturamento.
Ainda que na soma do primeiro semestre o resultado seja positivo, os recuos recentes servem como aviso para cautela. Diante das dificuldades, seja nas negociações comerciais, seja por conta das notícias sensacionalistas, a representatividade do bloco europeu nas exportações brasileiras está menor.
A queda nos embarques para a UE é ruim do ponto de vista da receita obtido com as exportações, uma vez que o preço médio da tonelada de carne exportada para os europeus é superior em relação aos outros clientes do Brasil.
A vantagem é que essa queda está sendo compensada por aumentos em outras regiões, como o Oriente Médio, que respondeu por 11% do faturamento brasileiro no primeiro semestre de 2007, frente a apenas 7% em 2005. A Rússia, outro grande cliente brasileiro, mantém sua representatividade de aproximadamente 20% nos últimos anos. (LMA)
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