Grupo formado por estagiários da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq), orientado pelos professores Dr. Godofredo Cesar Vitti (Esalq/Usp), Dr. Pedro Henrique Cerqueira Luz (Fzea/Usp), Dr. Jairo Antônio Mazza (Esalq/Usp) e o engenheiro agrônomo, Msc., Antônio de Pádua Cruz, da SN-Centro, o GAPE significa Grupo de Apoio à Pesquisa e Extensão.
Foi fundado em 1997 por iniciativa dos orientadores e dos estagiários da época. Maurício Palma Nogueira, diretor da Scot Consultoria, foi um dos fundadores e participou da primeira coordenação do GAPE, juntamente com outros dois estagiários.
A comemoração, muito bem organizada, foi prestigiada pela direção da Esalq, na pessoa do professor Dr. Antônio Roque Dechen, atual diretor da unidade e pelo engenheiro agrônomo, ex-ministro da Agricultura, Dr. Roberto Rodrigues, que fez questão de comparecer e prestigiar o grupo, a escola em que se formou e os orientadores do GAPE.
Além de todas as perspectivas e tendências para o agronegócio, produção de alimentos e energia para os próximos anos, Rodrigues deu grande enfoque à atual formação profissional e às questões éticas do mercado.
Atualmente, segundo pesquisadores de diversas partes do mundo, o limite da pesquisa científica é apenas orçamentário. Onde podemos chegar com a pesquisa? O que podemos inventar? A resposta depende da disponibilidade de recursos.
Embora animador por questões técnicas, esse limite abre espaço para um amplo debate ético; preocupação que já vem sendo esboçada pelas empresas do agronegócio.
Rodrigues lembrou da pesquisa coordenada pelo professor Mário Batalha, da Universidade Federal de São Carlos, cujos resultados identificaram que as empresas de mercado dão mais importância às qualidades pessoais em detrimento da capacidade técnica, no momento das contratações. O caráter suplanta o conhecimento técnico como quesito de seleção profissional.
Como sempre, usando de bons exemplos, Rodrigues lembrou de todo o debate atual em torno dos transgênicos, do boi e da Amazônia e, claro, da área em que atua: a produção de energia da biomassa influenciará ou não a produção de alimentos?
Enfim, como foi amplamente debatido no encontro de comemoração do GAPE, hoje existem novos paradigmas no mercado; o profissional tem que estar preparado.
As universidades devem formar profissionais tecnicamente qualificados, mas acima de tudo, com uma boa formação pessoal. O mercado exige desenvoltura, versatilidade, comunicabilidade e, acima de tudo, altos padrões éticos para lidar com todas as mudanças do mundo moderno.
Essa sempre foi a filosofia do GAPE, desde sua fundação. Os alunos que por lá passaram até hoje debatem estas questões depois de criarem uma sofisticada rede de comunicação profissional (Network).
Parabéns aos orientadores e aos estagiários por este feito. O alto nível do encontro e a maciça presença de profissionais, alunos e professores mostra que os objetivos têm sido coniventes com as atuais exigências. (MPN)
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