Criação do Conseleite em Santa Catarina

Em meados de agosto, passada a fase planejamento, levantamento e organização das informações necessárias, houve o lançamento oficial e a primeira reunião, com divulgação da Resolução nº 1, do Conseleite - Santa Catarina. A decisão para a criação do Conseleite foi tomada em agosto de 2006 pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina - Faesc e o Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados de Santa Catarina – Sindileite, e só agora ela foi realmente concretizada. O objetivo fundamental do Conseleite é fixar preços de referência para o leite. Estes preços são calculados, considerando-se quatro parâmetros: 1) preços médios de comercialização dos derivados selecionados; 2) mix de comercialização dos derivados (percentual de participação de cada derivado no total comercializado no mês); 3) rendimento industrial do leite na fabricação dos derivados (quanto se utiliza em litros de leite na fabricação de cada derivado); 4) participação do custo do leite no custo dos derivados (além do custo do leite, o custo dos derivados é formado também pelos custos industrial e de comercialização). Estes quatro parâmetros são fixados considerando-se informações recolhidas apenas junto às indústrias que participam do Conseleite. Os dois últimos (rendimento industrial e participação do leite no custo dos derivados) são fixados inicialmente e sofrem modificações apenas quando o Conselho considerar necessário. Os dois primeiros (preços médios de comercialização e mix de comercialização dos derivados) variam mensalmente. No entanto, é oportuno destacar que o preço de referência não é um tabelamento de preços; apenas serve de base para negociações entre os produtores e as indústrias. Portanto, a sua divulgação não é garantia de melhores e nem de piores preços aos produtores, mas serve fundamentalmente para dar maior transparência ao mercado de lácteos e, conseqüentemente, permitir que os produtores tenham mais conhecimento nas negociações de preços com as diferentes indústrias, mesmo com aquelas que não participam do Conselho. Fonte: Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola de Santa Catarina. Adaptado por Scot Consultoria
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