Mercado chato esse. Para exportar carne bovina para a Unio Europia, preciso, no mnimo, ter
status de zona livre de febre aftosa com vacinao e rastreabilidade. Os frigorficos ainda precisam trabalhar com HACCP (Anlise de Perigos e Pontos Crticos de Controle).
Se o destino for as grandes redes de varejo da UE, que absorvem cerca de 65% de toda a carne que chega l, os frigorficos tero que contar com a certificao BRC (British Retail Consortium), focada em qualidade e gesto de processos. Agora, se o importador for a Tesco, que a maior rede de varejo da Europa, preciso que os fornecedores dos frigorficos, no caso os pecuaristas, possuam certificao Eurepgap. Esse um protocolo completo de boas prticas de produo, que engloba bem estar animal, sanidade, respeito legislao ambiental e trabalhista, treinamento e motivao da mo-de-obra, controle de resduos, etc.
Fora tudo isso, a tarifa de importao extra-cota da UE chega a 12,8% + 3.041 euros por tonelada, ou seja, viabiliza apenas a comercializao de cortes nobres, como o alcatra, o fil mignon e o contra fil. Nada de dianteiro. Sem contar o lobby, por parte, principalmente, de irlandeses e ingleses, contra a presena da carne bovina brasileira no continente.
Diante disso tudo, de se pensar: vale a pena exportar para a UE? Lgico que sim.
A Unio Europia o maior importador de carne bovina brasileira, no primeiro semestre deste ano respondeu por 34% do nosso faturamento. Pelo fato de ser exigente e comprar apenas cortes de traseiro, o preo mdio de exportao para a UE significativamente mais alto do que a mdia. Acompanhe na figura 1.
Sem contar que, com um dficit de 600 mil toneladas/ano e renda per capita de mais de US$30 mil, esse realmente um mercado, que ainda tem muito potencial de crescimento. (FTR)
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