Apesar dos resultados negativos de setembro - com queda nas exportações em relação ao mês anterior - a indústria de frango está otimista com uma possível abertura do mercado da Malásia. Uma missão daquele país vem ao Brasil em novembro, o que pode significar vendas no próximo ano.
A Malásia demanda 900 mil toneladas e a estimativa da Associação Brasileira dos Exportadores de Frango (Abef) é que em um primeiro ano fossem embarcadas cinco mil toneladas. "É um mercado difícil de entrar, muito exigente, mas uma vitrine para todo o mundo muçulmano", diz o presidente-executivo da Abef, Christian Lohbauer. Segundo ele, com a Malásia, o Brasil poderia vender também para a Indonésia, que consome um milhão de toneladas anuais e para as Filipinas, que demanda por ano em torno de 600 mil toneladas de frango.
De acordo com as estatísticas da Abef, divulgadas ontem, o País exportou 242 mil toneladas de frango em setembro, valor 15% superior ao mesmo período de 2006, mas 20% menor que o de agosto. Em receita foram US$386 milhões, um incremento de 52% na comparação com o ano passado. No acumulado de 2007 foram embarcadas 2,4 milhões de toneladas, 22% acima do mesmo período do ano passado, perfazendo uma receita de US$3,4 bilhões - 52% a mais.
"Só não vai ser uma explosão de sucesso por causa do câmbio e do preço do milho", reclama Lohbauer. Segundo ele, o aumento das cotações do cereal estreitou a margem do setor. No acumulado do ano, o frango teve reajuste de cerca de 20% tanto no mercado interno quanto no externo.
Fonte:
Gazeta Mercantil. Adaptado pela Scot Consultoria, em 10 de outubro de 2007.
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