A Comissão Européia alerta que o prazo para o Brasil colocar seu sistema de controle fitossanitário em ordem está acabando e que, se nada for feito até o final do ano, barreiras e até mesmo um embargo pode ser imposto sobre a carne nacional. O recado foi dado ontem pelo comissário de Saúde europeu, Markus Kyprianou.
Na Europa, um novo relatório feito pelos produtores irlandeses alerta que o setor perderá US$2,7 bilhões por ano se o mercado for aberto à carne brasileira e aponta que o vírus da febre aftosa pode estar entrando “silenciosamente” no mercado europeu pelas exportações do Brasil. “Identificamos problemas no Brasil. Se a situação não melhorar até o final deste ano, tomaremos as medidas necessárias, incluindo um embargo”, disse Kyprianou.
As declarações foram feitas para deputados europeus que insistem que a UE deve aplicar de forma imediata o embargo diante das suspeitas de febre aftosa. “Não hesitaremos em tomar medidas, seja qual for o impacto para o comércio.”
O alerta também será dado pessoalmente a Stephanes, que viaja no dia 17 para a capital européia. “O prazo está se esgotando para que o Brasil corrija suas deficiências”, afirmou um assessor do comissário. O prazo havia sido estabelecido em maio como última chance para que o País colocasse em ordem seu controle
fitossanitário. Uma missão de veterinários será enviada ao Brasil no próximo mês para uma vistoria final.
Fonte: Agência Estado. 10 de outubro de 2007.
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