Os preços do café atingiram o maior patamar nos últimos dez anos, guiados pela ameaça de seca no Brasil, o maior produtor do mundo. A produção brasileira de café deve ficar pela metade pelo segundo ano consecutivo.
Néstor Osorio, diretor executivo da Organização Internacional de Café, disse que o mercado permaneceu firme e com os estoques baixos, após as recentes colheitas com baixa produção.
“O Brasil está sofrendo de falta de chuva”, acrescentou Osório. Disse ainda que existem preocupações com a qualidade do café vietnamita, segundo maior produtor mundial.
A produção brasileira de café caiu 23% esta safra, para 32,6 milhões de sacas, diminuindo a produção global para 114 milhões de sacas, quase 6% menos que na safra anterior.
A produção de café diminui enquanto a demanda aumenta nos países em desenvolvimento, estimulada pelo consumo de jovens após os grandes esforços das campanhas de marketing de cadeias como a Starbucks.
Nos últimos cinco anos, a demanda de café aumentou 8% nos Estados Unidos e quase 6% na Europa.
Traders dizem que a direção dos preços do café dependerá das chuvas no Brasil.
Nestlé, dona da marca Nescafé e maior compradora de grão de café no mundo, tem aumentado seus preços mundialmente, ao passo que a Procter & Gamble, dona da marca Folgers, aumentou seus preços no começo do ano.
Fonte:
Financial Times. Por Javier Blas. Adaptado por Scot Consultoria. 14 de outubro de 2007.
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