Na sexta-feira foi anunciado que a Rússia voltará a comprar carnes brasileiras a partir do próximo dia 1.
Passados quase dois anos e dois meses do foco de febre aftosa em Mato Grosso do Sul, o Brasil finalmente derrubou o último grande embargo às suas carnes devido à ocorrência da doença. Estima-se que o setor mais prejudicado tenha sido a suinocultura, com perdas equivalentes a quase um ano de exportações.
Na sexta-feira foi anunciado que a Rússia voltará a comprar carnes brasileiras a partir do próximo dia 1. O retorno favorece, além do Estado contaminado, Santa Catarina - maior produtor nacional de suínos - e o Paraná - maior em frangos.
Desde 2005, as importações estavam suspensas para Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, Amazonas e Sul do Pará. Segundo o governo, a Rússia responde por 70% da compra de carne suína brasileira e 15% da bovina.
Perdas regionais
Até outubro de 2005, quando surgiram os focos de febre aftosa que provocaram as restrições, o mercado russo representava 80% das exportações de suínos do Paraná - 6 mil toneladas mensais ou US$15 milhões. De bovinos, os russos compravam 40% da exportação - 1.500 toneladas mensais ou US$2,5 milhões. Os paranaenses foram embargados porque encontrou-se no Estado animais contaminados, que teriam vindo do vizinho Mato Grosso do Sul.
"A suinocultura, principalmente a praticada pelo produtor independente, quase quebrou", explica o presidente do Sindicarnes do Paraná. Segundo ele, agora o setor terá de passar por uma fase de transição para voltar ao que era antes e que o Estado ficou muito tempo fora do mercado, fazendo com que o preço do animal caísse para R$1,50 o quilo do suíno vivo.
Fonte:
Gazeta Mercantil. Adaptado por Scot Consultoria. 26 de novembro de 2007.
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