O censo agropecuário 2007, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), veio recheado de confirmações e “surpresas”.
A retração das áreas de pastagem e o avanço das áreas de agricultura já eram esperados. Em 10 anos a pecuária encolheu 3%, em termos de área, mais ou menos o que já apontavam as estimativas da Scot Consultoria.
A maior surpresa diz respeito ao rebanho bovino brasileiro: 169,90 milhões de cabeças. Esse é um número preliminar, pois o IBGE ainda precisa computar as informações de 4 mil “grandes” estabelecimentos agropecuários.
Resta definir o que é “grande”. Essas fazendas têm em média quinhentas, mil, duas mil, cinco mil, dez mil cabeças? Em síntese, o resultado final pode ser muito ou pouco maior do que o preliminar. De toda forma, deve realmente ficar bem abaixo das 205,89 milhões de cabeças de 2006, segundo dados do próprio Instituto.
É fato que o rebanho está em retração. Ainda assim, por mais intenso que tenha sido o descarte de matrizes, seria de se estranhar o “desaparecimento” de mais de 10 milhões de cabeças de um ano para outro.
Em síntese, quando o IBGE disponibilizar as estatísticas definitivas do rebanho, seria ótimo que elas viessem acompanhadas de algumas explicações.
Vale lembrar que, até então, o rebanho era estimado com base nos resultados das campanhas de vacinação contra febre aftosa. (FTR)
<< Notícia Anterior
Próxima Notícia >>