A seca deste ano acabou com plantações inteiras no sul e prejudicou agricultores em todas as regiões do país. Esse tipo de acontecimento ressalta a importância de obter uma apólice de seguros, que fornece ao agricultor uma maior segurança em caso de desastres naturais.
Entretanto a utilização dessa ferramenta não é muito difundida, devido ao seu alto preço. O motivo para isso foge ao controle das seguradoras, que teriam interesse em reduzir seus preços para obter mais clientes.
Atualmente existem seguros para a atividade agrícola, pecuária, aquícola, benfeitorias e produtos agropecuários, de florestas etc. Os objetivos dos seguros vão além de reembolsar o produtor pelas possíveis perdas. Ele pode cobrir também as garantias com investidores, financiadores e parceiros de negócios, além de poder ser um seguro de vida também.
Existem ainda diversas variáveis nos seguros rurais, sendo possível realizar um seguro da produtividade esperada, que caso não seja atingida o produtor será ressarcido, ou seguro dos custos iniciais do plantio, que frente a alguma adversidade climática terá reembolso, podendo refazer o plantio se ainda for conveniente.
No caso dos animais, pode-se fazer seguro do rebanho, que garante o pagamento de uma indenização em caso de morte dos animais de produção, que tinham como destino o consumo, cria, recria, engorda ou trabalho por tração. Animais de elite, que têm como objetivo a participação em torneios e exposições, ou com objetivo de produção de sêmen e embriões para a venda, não se enquadram em seguro rural.
A modalidade de seguro das benfeitorias cobre, como o nome já diz, todas as benfeitorias da propriedade. Já o seguro de penhor rural cobre apenas os bens dados em garantia nas operações de crédito rural.
Diante de todas as vantagens que o produtor obtém com o seguro, a desvantagem é mesmo o custo elevado. Isso se deve a alguns fatores: necessidade da seguradora de avaliar os riscos climáticos da região, que implica na aquisição de informações de diversos setores; precisa enviar técnico à propriedade para avaliar a área a ser “segurada”; no caso de catástrofe climática, não ocorrem danos a apenas uma propriedade, mas a centenas etc.
Para que seja possível reduzir os custos de aquisição de apólice de seguros, seria conveniente que o Governo fornecesse auxílio, como por exemplo através da criação de um Fundo de Catástrofe, com verba das seguradoras e federal. O incentivo do Governo é indispensável para solucionar esses entraves e permitir que mais produtores adquiram o seguro, viabilizando também a ação das seguradoras. (LMA)
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