De acordo com informações da Agência Estado e do Jornal Valor Econômico, a Comissão Européia não gostou nem um pouco do Brasil ter apresentado uma lista de mais de 2,6 mil fazendas habilitadas a atender a demanda da União Européia (UE) por carne bovina. Eles querem apenas 300 propriedades.
Isso significa, primeiro, que a lista de fazendas divulgadas pelo Ministério da Agricultura ainda não tem validade. Segundo, que pouco importa se duas mil e poucas propriedades estão fazendo a lição de casa corretamente. Nossos amigos do Velho Mundo querem escolher apenas algumas, e ponto final.
Na prática, essa pendenga pode interromper, por tempo indeterminado, a compra e o abate de animais rastreados para o atendimento da União Européia.
Na condição de consumidores, os europeus podem exigir o que bem entendem. Mas a partir do momento que as exigências são atendidas, qual a justificativa para um embargo? Qual será o critério de escolha desses trezentos bem aventurados? A sorte? Vão tirar no palitinho? No cara ou coroa? No par ou impar?
“Excesso de arbitrariedade”, “protecionismo ao cubo”... o nome pouco importa. O fato é que, ao menos dessa vez, não existe absolutamente nada que justifique a atitude da UE.
Esperamos que, cientes disso, os negociadores brasileiros adotem em Bruxelas uma postura condizente com a razão e com os interesses brasileiros. (FTR)
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