A oferta restrita de boiadas manteve o mercado pressionado para cima na última semana.
As ofertas de compra acima da referência continuaram ganhando força e os reajustes foram constantes em praticamente todo país.
A carne bovina também ajudou. O boi casado de animais castrados atingiu o maior valor nominal desde 2010, R$7,09/kg.
Mesmo nos principais estados confinadores, Goiás e Mato Grosso, a pressão de alta existiu, deixando claro que a oferta de boiadas de cocho é menor do que a demanda existente.
Em São Paulo, a referência terminou a semana em R$110,00/@, à vista, com negócios ocorrendo em R$111,00/@, nas mesmas condições. O preço é 14,5% maior que o de um ano atrás e está 16,5% acima do registrado o mesmo período em 2010, ano de cotações nominais recordes.
Mesmo os frigoríficos maiores, que normalmente testam mais o mercado, já que possuem alternativas, como contratos a termo, confinamentos próprios ou compra em estados vizinhos, estão pagando valores ao redor da referência, quando negociam no mercado spot.
Mesmo com a carne bovina sem osso vendida pelas indústrias estando nos maiores preços do ano, a margem da indústria fica prejudicada pelo escalada de preços da arroba.
A receita da indústria que faz a desossa é 24,0% maior que o preço pago pela arroba, o menor valor desde a primeira quinzena de setembro.
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