O primeiro-ministro chinês Wen Jiaboa declarou que o país conta com reservas de 150 a 200 milhões de toneladas de grãos, e que se nenhum problema de grande magnitude climática ocorrer durante a safra, o país será auto-suficiente com a sua produção interna.
Vale destacar que uma estimativa com variação de 50 milhões de toneladas (o equivalente à safra de milho brasileira) não transmite muita segurança. E também não é bom contar com a boa vontade do clima, principalmente em tempos de La Niña.
De qualquer modo a notícia exerceu pressão de baixa nos preços da soja, que já trabalha com perspectiva de aumento de área de plantio em 2008. Ontem os preços recuaram na Bolsa de Chicago (CBOT).
Além disso, reajustes nos números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) aumentaram a quantidade de estoque final disponível, além de evidenciar que a produção da safra anterior pode ter sido subestimada.
O milho se encontra em um cenário diferente, mais favorável ao produtor. O fato de existir certa dificuldade na mudança entre culturas (devido ao seguro rural daquele país) torna a disputa por terras menos acirrada conforme se aproxima a safra.
Seus preços seguem firmes, com pouca atuação de fundos na formação dos preços. Em outras palavras, o milho hoje conta com uma chance maior de valorização do que a soja, mas o conselho é sempre o mesmo: foco nos custos e produtividade são cruciais para a atividade. (JA)
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