De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC/SECEX), em abril, o
superávit da balança comercial do agronegócio brasileiro bateu recorde comparado ao mesmo período dos anos anteriores. O valor chegou a aproximadamente US$5 bilhões.
O recorde foi alcançado principalmente por conta do aumento dos preços das
commodities agrícolas. O aumento do valor absoluto das vendas foi puxado pelos seguintes setores: complexo soja (54,4%), carnes (21,9%), café (29,8%) e cereais, farinhas e preparações (60,6%).
O principal destino das exportações dos produtos agropecuários nacionais foi a China, que importou no mês passado US$947 milhões, 75,2% a mais que em abril de 2007. Os segundo e terceiro colocados são os Países Baixos e EUA, respectivamente.
A demanda crescente por
commodities agrícolas, principalmente grãos, pela China e pelos demais países do BRIC (Brasil, Rússia e Índia) e a oferta mundial escassa está causando um colapso alimentar internacional.
Na China, a fim de garantir a segurança alimentar do país, o governo estuda um programa de apoio à aquisição de terras agrícolas no exterior (especialmente na África e na América do Sul) por empresas agrícolas chinesas.
No Brasil, embora sua safra recorde desse ano estimada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em 142,6 milhões de toneladas, o País tem alta dependência do trigo externo (importa 70% do que consome). Por conta disso, e da suspensão das vendas do produto argentino, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) liberou a importação de mais um milhão de toneladas de trigo de fora do Mercosul, com isenção de impostos. (CMR)
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