Nos Estados Unidos, a controvérsia sobre o etanol ser o grande causador do aumento nos preços dos alimentos ainda é grande. Em um primeiro momento, o Senado norte-americano tentou uma diminuição de 50% da obrigatoriedade da mistura de etanol na gasolina, o que representa uma redução de cerca de 23 bilhões de litros desse combustível, e menos milho utilizado. Agora, o Senado propõe a interrupção total da utilização da mistura do biocombustível a gasolina.
A notícia veio depois de que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) anunciou mais um aumento nos preços dos alimentos para este ano. O Senado daquele país argumentou que os biocombustíveis são os principais causadores da alta nos preços dos alimentos.
A Secretaria de Agricultura americana tenta convencer o Senado de que a melhoria na renda da população mundial é o grande causador da escassez dos alimentos. Argumentou que a passagem de “consumidores de subsistência” para classe média de mais de 1 bilhão de pessoas contribuiu para uma maior demanda. Além disso, a utilização de combustíveis renováveis no mundo inteiro significa uma economia de mais de 1 bilhão de barris de petróleo por dia.
De qualquer maneira, a escalada nos preços dos alimentos já é evidenciada em todo o mundo. No Brasil, a inflação de 9,8% nos últimos 12 meses, medida pelo IGP-M (Índice Geral de Preços) preocupa. Além disso, a economia mundial não dá sinais de desaquecimento, e os insumos de produção acompanham os reajustes dos preços dos alimentos. Cenário perfeito para manutenção da alta nos alimentos. (JA)
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