A república Federativa da Rússia, maior país em extensão territorial do mundo, informou ontem (31/07) que irá re-estatizar a maior companhia negociadora de grãos do país, que controla cerca de 50% do volume de grãos produzido.
A notícia causou descontentamento internacional. Entidades e países defensores do livre comércio alegaram um retrocesso da democracia e manipulação de estoques com fins populistas, como já ocorrido com a estatal de gás e petróleo GAZPROM.
Além do temor de um retrocesso à era Soviética, países importadores temem uma falta na oferta de grão e cereais, já que Rússia é a 5ª maior exportadora mundial do produto. O Governo declarou que a iniciativa reflete os pesados investimentos planejados para o campo, onde a meta é dobrar as exportações de 13 milhões de toneladas em 2007 para 25 milhões em 2008.
A notícia ainda não exerceu nenhum reflexo nos preços de importantes commodities agrícolas como trigo e milho. As cotações dos cereais no momento dependem em grande parte das condições climáticas norte-americanas, já que agosto é um dos meses mais importantes para o desenvolvimento da maioria das lavouras.
Além disso, o relatório a ser divulgado pelo USDA no dia 12/08, sobre a estimativa de produção da safra americana, é a informação mais esperada pelos investidores no curto prazo. (JA)
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