O Governo do Estado do Texas, nos Estados Unidos, vem travando uma batalha contra a utilização do milho na produção de etanol. Preocupado com a situação de seus confinadores, que concentram 35% da produção norte-americana de carne, o Governo realizou um pedido formal ao EPA, Agência Ambiental daquele país, para a redução da mistura obrigatória do etanol na gasolina. Atualmente a mistura é de 7% em 2008, que deverá chegar a 11% até 2011.
O EPA negou o pedido do Governador Texano. Os argumentos utilizados foram baseados nos impactos econômicos que uma possível redução da mistura poderia ter nos preços do milho. Segundo a Agência ambiental, os preços do milho teriam redução de apenas 0,30 centavos de dólar/
bushel, além de um aumento quase insignificante no preço do galão do combustível (US$0,01/
bushel).
A maioria das entidades de classe produtoras foi a favor da decisão do EPA – associações de produtores nacional e estaduais, agências de difusão do uso de etanol, secretarias de agricultura estaduais – onde apenas a associação dos confinadores do Texas, quem iniciou todo o processo, criticou duramente a decisão.
Após a acentuada queda nos preços dos grãos, o pedido já começa a perder sentido diante dos benefícios ambientais e econômicos oferecidos pela utilização do etanol. Com as principais
commodities em queda, as críticas sobre a utilização de biocombustíveis perdem espaço. (JA)
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