Os cortes de dianteiro, mais uma vez, puxaram o mercado no acumulado dos últimos sete dias, com alta de 2,7%.
O comportamento tem sido característico em 2015.
Desde janeiro a carne sem osso de traseiro teve desvalorização de 2,1%, enquanto o dianteiro subiu 19,5%. As vendas se concentram em produtos de menor valor agregado.
Essa tem sido a forma encontrada pelos frigoríficos para ajustar suas margens, que saíram de 10,0% no começo do abril para os atuais 16,1%. O resultado é ainda quatro pontos percentuais menor que o de um ano atrás.
A inflação medida pelo IPCA-15 ficou em 1,07% em abril. No ano, o índice acumula alta de 4,6%. Vendendo carne o frigorífico praticamente não apurou ganhos reais, já que a alta do produto, até o momento é de 4,9%.
O mercado externo segue patinando. O resultado parcial das três primeiras semanas do mês apresenta queda de 4,3% no volume médio embarcado por dia em relação a abril de 2014. O preço da tonelada exportada caiu 9,4% na comparação anual.
Rússia e Venezuela têm sido, até o momento, os grandes causadores da diminuição desse comércio. No primeiro trimestre, esses países reduziram em quase 50,0% suas compras de carne do Brasil.
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