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Scot Consultoria

Boi gordo: mercado físico voltando a firmar


Segunda-feira, 22 de setembro de 2008 - 09h10

A pressão, desde o início do segundo semestre, vinha sendo de baixa. Em São Paulo, por exemplo, o boi gordo passou de R$93,00/@, em 1 de julho, para R$89,00/@, na última sexta-feira. Cotações a prazo, para descontar o funrural. A venda de animais terminados em confinamento e semiconfinamento - diante do enfraquecimento do consumo de carne e da manutenção de elevados níveis de ociosidade por parte das indústrias frigoríficas – responde pelos recuos que acometeram 22 das 28 praças pesquisadas pela Scot Consultoria. Mas o cenário começa a mudar. As escalas voltaram a encurtar. Em São Paulo, o mercado parece ter encontrado em piso entre R$88,00/@ e R$89,00/@. Aliás, o Indicador ESALQ trabalhou em alta por dois dias seguidos. E no que diz respeito às ofertas de animais terminados, vai uma informação importante. Durante o InterConf, realizado em Goiás na semana passada, a impressão de que o segundo turno dos confinamentos não aumentou em relação a 2007 era quase uma unanimidade. Na sexta-feira, dia 19, o levantamento da Scot Consultoria registrou apenas 5 alterações para as cotações do boi gordo, e todas positivas: Três Lagoas – MS, Erechim – RS, Barra do Garças – MT, Oeste do Maranhão e Redenção – PA. O atacado, por sua vez, também trabalhou em alta. E no que diz respeito às exportações, o Brasil voltou a quebrar recordes em volume, sem considerar ainda os efeitos da retomada das vendas de carne industrializada para o EUA, a liberação de mais fazendas para atender a UE e o fôlego adicional proporcionado pela desvalorização do real. Seria arriscado afirmar que o mercado já está entrando, novamente, num período de alta. Mas está bastante claro que a pressão de baixa perdeu força. (FTR)
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