O mercado do boi gordo caminha para o final do segundo ano de alta do ciclo pecuário.
Depois do acelerado abate de fêmeas entre 2010 e 2013, a partir de 2014 o mercado entrou em um período de escassez de oferta de animais que gerou valorizações reais para a arroba, acima da inflação medida pelo IGP-DI. Figura 1.
A situação da economia, porém, dificultou altas mais intensas em 2015. Apesar da oferta curta de boiadas, escoar a produção ficou mais difícil.
Para 2016, embora a oferta deva seguir curta, a grande incerteza segue sendo a situação econômica do país.
Depois do recuo de 3,8% do PIB em 2015, no Relatório Focus do Banco Central, divulgado em 11 de dezembro, projeta-se uma retração de 2,67% para a economia em 2016.
A inflação está estimada para aproximadamente 7,0%. Se não houver geração de novos empregos, a massa de desempregados criada em 2015 seguirá sem colocação, e o prejuízo para a venda de carne bovina será grande. O efeito de substituição para o frango segue.
Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, entre outubro de 2014 e de 2015 foram 19,2 milhões de contratações e 20,7 milhões de demissões no país, um saldo negativo de 1,5 milhões.
Portanto, atenção à economia, mesmo com oferta restrita.
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