O consumo de carne bovina tem sido lento nos últimos dias, mesmo com a proximidade do pagamento dos salários.
A situação é preocupante para os frigoríficos, quem têm pagado mais pela arroba e recebido menos pela carne, o que reduziu as margens de comercialização.
Considerando a remuneração pela venda de carne sem osso e demais produtos do abate, em relação ao preço pago pela arroba, a margem está em 14,7%, redução de 10,0 pontos percentuais desde o início de janeiro.
Mesmo assim, a restrição atual da oferta de bovinos prontos para o abate tem encurtado as escalas das indústrias e dificultado o pagamento de valores menores pela arroba.
Nos últimos dias este cenário tem sido mais aparente em São Paulo, onde a pressão de compra é maior devido à concentração de indústrias que vendem carne ao mercado externo.
Em algumas praças, a redução dos preços da arroba se dá, pontualmente, pelo recuo dos frigoríficos, que demandam menos animais para o abate, na medida em que os estoques de carne vão aumentando, já que as vendas não estão fluindo.
De qualquer maneira, há resistência para desvalorização expressiva do boi gordo em curto prazo.
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