Em um mês a carne bovina sem osso acumula queda de 3,3% no mercado atacadista de São Paulo.
Os estímulos ao consumo de itens de valor agregado são cada vez menores, em decorrência do agravamento da crise econômica. Diante disso, os cortes de traseiro acumularam queda de 0,8% no acumulado dos últimos sete dias.
Embora a carne de dianteiro também tenha tido seus preços reduzidos no período, a retração foi menor, de 0,5%. Escoar este tipo de produto é “mais fácil”, já que seus preços são menores.
As margens das indústrias estão em patamares semelhantes às de 2015, mas com um cenário de energia elétrica, frete (diesel) e mão-de-obra, mais hostil para o empresário.
A impossibilidade de elevar o preço da carne ou reduzir os custos operacionais, alternativas para melhorar o resultado, fez as indústrias pressionarem fortemente o mercado do boi gordo esta semana.
E, nem mesmo em Brasília acreditam em uma melhora no poder de compra da população no curto prazo.
Diante disso, não podemos descartar ainda mais dificuldade para o escoamento de produção.
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