• Quinta-feira, 12 de dezembro de 2024
  • Receba nossos relatórios diários e gratuitos
Scot Consultoria

Road Show 2016 – 2o. dia - continuação


Quinta-feira, 17 de março de 2016 - 14h00

No segundo dia de visitas de profissionais da imprensa a clientes da Texto Comunicações, também realizamos uma visita ao Grupo Ambar Amaral.

Trata-se de uma empresa familiar que nasceu há 33 anos na pecuária, mas há 9 anos ingressou no ramo de aquicultura e derivados  (comidas prontas). Localizada no município de Santa Fé do Sul-SP tem como objetivo realizar pesquisas, produzir e comercializar peixes nativos brasileiros com elevado padrão de qualidade, de maneira economicamente viável, sempre respeitando o meio-ambiente.

Na visita, fomos recepcionados por Antônio Ramon Amaral,  médico veterinário e sócio na empresa. Inicialmente, Amaral contou que o primeiro investimento da empresa no ramo de aquicultura aconteceu em janeiro de 2007,  com a implantação de 16 tanques nos tamanhos de 2mx2m, destinados à produção de tilápias.

Na época, a empresa possuía um frigorífico não habilitado para o abate de pescados, e acreditavam que a mudança de SIF de charque para SIF de pescado seria rápido e fácil, entretanto o procedimento se arrastou por dois anos.  O funcionamento do frigorífico de pescados iniciou apenas em outubro de 2009.

No início de 2009, foi inaugurada a fábrica de ração,  com capacidade de produção de 3.200 toneladas de ração por mês,  destinada tanto para consumo próprio como para venda. Atualmente a empresa conta com extrusores, com capacidades de processamento de 6 e 2  toneladas por hora. Possuem duas unidades com capacidade de produção de 130 e 270 toneladas de tilápia por mês.

A empresa ainda não atua na produção de alevinos, mas já existe um projeto para executarem esta etapa da produção, a qual começará funcionar em abril deste ano. Para tal, a empresa possui os tanques em terra com as matrizes e os reprodutores. Segundo Amaral, a perda de alevinos, entre 1g e 30g de peso corporal,  em tanque rede, é da ordem de 20%,  por isso o Grupo optou por tanques em terra.

Amaral ressaltou que o maior índice de morte, em todo o ciclo de produção, ocorre por bactérias do gênero Streptococcus, gerando perdas de até 30%, e são mais comuns no verão,  quando as águas estão mais quentes e a oxigenação é menor. No inverno geralmente ocorrem doenças fúngicas.

Como preventivo para bacteriose, o Grupo Ambar Amaral realizada a vacinação quando os animais atingem 30g,  através de dose única.  O processo é realizado peixe a peixe e custa,  em média, R$0,11 a R$0,12 por peixe.  Com isso a mortalidade causada por Streptococcus reduz cerda de 95%.

É um processo viável, afirmou Amaral, mas pouquíssimos piscicultores o realizam. Antes da vacinação os peixes são colocados em água com óleo de cravo para anestesiá-los momentaneamente.  Com quatro funcionários é possível vacinar 15.000 peixes por dia.  O gasto do Grupo Ambar Amaral com a vacinação por mês é de aproximadamente R$36.000,00.

Com relação à reprodução, na natureza comumente nascem em média 50% de machos e 50% de fêmeas. Como as fêmeas se desenvolvem 30% menos que os machos, o Grupo Ambar, através de hormônios, realiza a reversão de fêmeas em machos, aumentando de 90% a 95% a taxa de nascimentos de machos.

Segundo Amaral, 80% das vendas de ração e 60% das vendas do frigorífico vão para produtores do estado de São Paulo, sendo disparado o maior estado consumidor.

Participação dos corte no peixe:           
- 31,0% filé
- 6,5% pele
- 5,0% peito
- 4,0% PP
- 53,5% resíduos

A visita foi finalizada com um agradável almoço de confraternização, com comidas á base de tilápias.


<< Notícia Anterior Próxima Notícia >>

Buscar

Newsletter diária

Receba nossos relatórios diários e gratuitos