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Scot Consultoria

Mercado de carne bovina segue sem força para altas no atacado


Segunda-feira, 21 de março de 2016 - 05h55

O movimento de queda foi interrompido pela estabilidade dos preços na semana passada. Para recuperação, o mercado não tem força.

Em um ano, dentre todos os cortes pesquisados, três deles tiveram desvalorização e, outros quatro, valorizações menores do que a inflação medida pelo IPCA. Todos são cortes de traseiro.

Desde o cenário de baixa provocado pelas indústrias no começo de março, a pequena recuperação do resultado dessas empresas, que saiu de 14,5% para os atuais 15,5%, foi conseguida mediante pequenos ajustes negativos as cotações da arroba. Ou seja, mesmo neste momento de “pressão” para melhorar os resultados, não foi possível aumentar os preços da carne.

Se considerarmos que a inflação prevista até o final do ano pelo mercado, por enquanto, está próxima de 8,0%, além de uma contração de quase 4,0% para a economia, a medida que o tempo passa, ficará cada vez mais difícil repassar alguma alta para a carne bovina. A não ser que os varejistas absorvam esse reajuste.

A saída para o escoamento tem sido a exportação. No primeiro bimestre do ano os embarques cresceram 26,5% em volume, com um faturamento, em dólares, 13,2% maior.

Porém, não são todas as indústrias que dispõem dessa via de comercialização. Geralmente, são os grandes grupos e algumas empresas de médio porte que comercializam seus produtos no mercado internacional.

Por fim, seguimos recomendando atenção a margem das indústrias. Esse fator será determinante para os rumos do boi gordo em 2016.


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