Sazonalmente, neste período do ano, a receita dos frigoríficos começa a crescer, até atingir o pico em novembro, quando se concentra o pagamento de bonificações, parcela do décimo terceiro e as contratações temporárias, e isso é o que dá “permissão”, fôlego, às indústrias para pagar mais pela arroba na entressafra.
O que se vê em 2016, porém, é o inverso. O resultado das indústrias tem diminuído quase que linearmente.
No acumulado da semana passada houve queda de 0,7% nos preços dos cortes bovinos sem osso no atacado. Desde o começo do ano, a desvalorização foi de quase 14,0%.
Ou seja, a dificuldade para valorizações da arroba no segundo semestre se dá, exatamente, por isso. Aparentemente, sem melhora na receita da indústria, em função da dificuldade para precificar a carne, resultado da situação econômica, vai ser difícil ver o boi gordo com grande alta nos próximos meses.
A boa notícia vem das exportações. Embora seja o resultado apenas da primeira semana, os embarques médios diários voltaram a crescer em agosto depois da queda do mês anterior, comparando com dados do mesmo período de 2015.
Atenção às indústrias e, ao pecuarista, cuidado com o excesso de otimismo para os preços no segundo semestre.
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