Segue a recuperação de margem das indústrias frigoríficas. Não se trata mais de recomposição de margem. O cenário atual, com a venda de carne desossada ou com osso, já é de resultado dois ou três pontos percentuais acima da média histórica.
A margem atual da indústria que vende carne sem osso (frente ao preço pago pelo boi), de 24,3%, voltou aos patamares registrados entre dezembro de 2015 e janeiro de 2016. Antes disso, somente no começo de 2014 o mark up havia atingido nível tão elevado.
Nos últimos sete dias a carne sem osso subiu 3,4% e já acumula valorização de 12,4% em um mês.
Já existe um bom suporte para pagamentos maiores para a arroba. Vendendo os miúdos, o couro, o sebo e subprodutos no patamares atuais, pagar R$160,00/@ traria a margem para um valor próximo de 19,0%, quase em cima da média histórica.
Isso sem contar que certamente teremos algum incremento de renda e, consequentemente, de consumo nos próximos três meses, como sazonalmente ocorre seja ano de crise ou não. Há possibilidade de mais reajustes positivos para o preço da carne.
Por fim, é bom lembrar que todo esse reajuste tem ocorrido em plena segunda quinzena do mês. Logo vem mais estímulo para as vendas com o pagamento de salários.
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