Balança comercial de lácteos com déficit de US$394,43 milhões no acumulado de 2016

A importação de lácteos diminuiu em outubro, segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.

O volume totalizou 19,25 mil toneladas no mês. Na comparação com setembro, a queda foi de 33,3%. Com relação ao faturamento, a redução foi de 30,4%, totalizando US$55,05 milhões.

O produto mais importado foi o leite em pó. No total foram 11,80 mil toneladas que somaram US$32,89 milhões.

Os maiores fornecedores, em valor, foram o Uruguai, com 44,2%, a Argentina, com 44,1%, e os Estado Unidos com 5,7%.

De janeiro a outubro, a importação cresceu 79,1% em volume e 49,2% em valor na comparação com igual período do ano passado.

Cabe lembrar que em meados de outubro o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) proibiu a reidratação de leite em pó importado, o que deve reduzir, em parte, a importação.

Com relação à exportação, o Brasil embarcou US$15,20 milhões em produtos lácteos, ainda segundo o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Na comparação com o mês anterior, o faturamento caiu 34,5%.

O volume embarcado também diminuiu. Passou de 6,91 mil toneladas em setembro para 5,35 mil toneladas em outubro, queda de 22,5%.

O produto mais exportado foi o leite em pó, que somou 4,32 mil toneladas e US$12,32 milhões em faturamento.

Os principais compradores dos produtos lácteos brasileiros, em valor, foram a Venezuela (37,9%), os Estados Unidos (14,0%) e Angola (9,1%).

Na comparação com igual período de 2015, volume e faturamento caíram 28,9% e 53,8%, respectivamente.

A queda na exportação pode ser explicada em função da menor produção interna e alta de preços dos produtos nacionais (menor competitividade no mercado internacional).

O mês de outubro ficou com a balança comercial negativa, com US$39,85 milhões de déficit.

No acumulado de janeiro a outubro deste ano, o déficit na balança comercial brasileira de lácteos é de US$394,43 milhões, um aumento de 306,7% em relação a igual período de 2015.