Foto: ruralpecuaria.com.br
As importações de lácteos caíram em janeiro segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.
O volume importado foi de 18,96 mil toneladas em janeiro. Na comparação com o mês anterior, houve queda de 2,1%. Com relação aos gastos, a redução mensal foi de 1,8%, totalizando US$58,45 milhões no período.
O produto mais importado foi o leite em pó. No total foram 12,83 mil toneladas que somaram US$38,87 milhões.
Os maiores fornecedores para o Brasil, em valor, foram o Uruguai, com 45,1%, a Argentina, com 42,3% e o Chile com 3,7%.
Apesar da queda, na comparação com igual período do ano passado, tanto o volume importado como os gastos, aumentaram consideravelmente, 126,3% e 177,6%, respectivamente.
Os recuos do dólar em relação ao real e os preços dos lácteos no mercado internacional favoreceram as importações, principalmente considerando o cenário de menor oferta de leite cru e alta de preços no mercado brasileiro.
Com relação as exportações, o Brasil faturou US$9,92 milhões com os embarques de produtos lácteos em janeiro. Na comparação com o mês anterior, a receita caiu 10,6%.
O volume embarcado também diminuiu. Passou de 4,45 mil toneladas em dezembro de 2016 para 3,90 mil toneladas em janeiro, queda de 12,5%.
O produto mais exportado foi o leite em pó, que somou 2,73 mil toneladas e US$6,59 milhões em faturamento.
Os principais compradores, em valor, foram a Arábia Saudita (18,2%), os Emirados Árabes (17,5%) e os Estados Unidos (9,9%).
Na comparação com janeiro do ano passado, o volume e o faturamento referente as exportações aumentaram 69,7% e 17,4%, respectivamente.
A valorização do real e as quedas dos preços dos lácteos no mercado internacional diminuem a competitividade do produto brasileiro no mercado internacional e este fato ocasionou queda das exportações no período analisado.
A balança comercial brasileira de lácteos em janeiro ficou negativa, com US$48,53 milhões de déficit, o maior desde 2012.
O aumento das importações é um fator de preocupação para o setor, devido a concorrência com o produto brasileiro e reflexos diretos no mercado interno. As importações em alta, caso persistam nos próximos meses, poderão limitar os aumentos de preços para o produtor e demais elos do setor neste início de entressafra.
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