Foto: www.alibaba.com
A desvalorização de 1,3% no preço da carne bovina sem osso no atacado no acumulado dos últimos sete dias fez o preço médio, na primeira quinzena de outubro, cair 0,7% em relação ao mesmo período de setembro.
Nem o feriado, que normalmente impulsiona o consumo, ajudou.
Esse dado vai no sentido contrário do que era esperado para o período. O segundo semestre do ano, especialmente outubro e novembro, são meses de sazonal alta para a carne e isso é o que dá força para a arroba do boi gordo subir. Nem em 2016, quando excepcionalmente os preços caíram na segunda metade do ano, reflexo da crise econômica, outubro começou com preços menores que setembro.
Pode ser que esta queda seja um comportamento pontual, que a recuperação dos preços, que vinha ocorrendo em setembro, volte a dar as caras nas próximas semanas. Mas, é bom lembrar que vem um final de mês por aí.
Um contraponto importante é a recuperação das margens da indústria. Os atuais 24,9% é o maior patamar deste indicador desde agosto, quando os frigoríficos viram suas margens despencarem ao menor nível de 2017, depois de chegar a mais de 40,0% no início de julho.
Mais do que o preço da carne, ficar de olho nas margens é um bom indicativo se o mercado terá ou não fôlego para subir com força nos próximos meses. Se o caixa apertar ou então, não dilatar, isso será um limitador natural para os preços da arroba no mercado do boi gordo.
Confina Brasil divulga benchmarking, análise comparativa da pecuária intensiva brasileira
Receba nossos relatórios diários e gratuitos