Foto: www.bostonsausage.co.uk
Mercado praticamente estável.
O preço médio atual, R$11,53/kg, repetindo o que vimos na terceira semana de outubro, é o menor desde a primeira quinzena de setembro.
Os preços subiram, quase que linearmente entre a última semana de julho e a segunda de setembro. Neste período, a expectativa de segundo semestre típico, com valorizações para a carne bovina, situação que daria condição para que a arroba do boi gordo subisse, vinha se confirmando. O mercado subiu 7,5%.
Mas, agora já são cinco semanas de mercado frouxo, acumulando queda de 1,6%. Embora a desvalorização tenha sido pequena, é o comportamento que preocupa. Passamos por pagamento de salários, feriado, e estamos no mês em que sazonalmente as vendas aumentam, e nada disso fez os preços subirem.
Enquanto isso, as indústrias veem, aos poucos, suas margens crescerem. A diferença entre o preço pago pela arroba e a receita dos frigoríficos, que está em 26,5%, é a melhor desde agosto.
Embora possa parecer o contrário, esse fato, sozinho, não é suficiente para alavancar o mercado do boi. A margem pode chegar aonde for, se a necessidade de intensificar a compra de matéria-prima não vier a partir da melhora nas vendas de carne, não há porque os compradores intensificarem a busca por boiadas e, consequentemente, pagarem mais pelo animal terminado.
Em resumo, por mais que os indicadores econômicos tenham melhorado, o mercado de carne bovina, cuja elasticidade renda é elevada, demonstra que o poder de compra da população ainda não melhorou como esperado. Ao pecuarista, atenção ao consumo.
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