Foto: www.cotrijuc.com.br
A falta de chuvas e as revisões para baixo na produção de soja e de farelo de soja na Argentina têm dado sustentação aos preços do grão e farelo nos mercados internacional e brasileiro.
Em março, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires estimou a produção argentina em 42,0 milhões de toneladas de soja em 2017/2018. Em relação às estimativas iniciais, são 12,0 milhões de toneladas a menos. Já em relação à safra passada (2016/2017), a diferença é de 15,5 milhões de toneladas a menos neste ciclo.
No Brasil, segundo levantamento da Scot Consultoria, a tonelada de farelo de soja está cotada, em média, em R$1.345,27 em São Paulo, sem o frete.
O preço subiu 11,2% em março, na comparação com o mês anterior. Desde o começo do ano, a alta acumulada é de 22,8%.
Em curto e médio prazos, as previsões indicam baixo volume de chuvas na Argentina, o que deverá manter os preços lá fora e aqui no Brasil sustentados e especulados. Não estão descartadas mais revisões para baixo na produção na Argentina. Vai depender do clima.
No Brasil, a colheita da soja avançou melhor nas últimas semanas e a expectativa é de aumento do esmagamento em março, abril e maio. Ou seja, podemos ter um alívio nas cotações em médio prazo, com a maior oferta interna, mas vai depender da situação na Argentina e do mercado internacional.
Importante destacar que a demanda pelo farelo brasileiro aumentou. As exportações aumentaram em fevereiro e deverão seguir firmes nas próximas semanas.
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