Foto: www.deltafarmpress.com
A pressão de alta diminuiu na segunda quinzena de março. Segundo levantamento da Scot Consultoria, a referência de preços fechou o mês em R$39,00-R$40,00 por saca de 60 quilos na região de Campinas-SP, frente a negócios em até R$42,00 por saca nas primeiras semanas do mês.
Com a colheita da safra de verão (2017/2018) e maior oferta, as cotações cederam.
A Scot Consultoria estima que por volta de 60% da área com milho de verão foi colhida até o final de março, ou seja, apesar de atrasada, a maior parte da primeira safra foi colhida, montante que se soma aos estoques de passagem.
O cenário é de mercado frouxo, mas o monitoramento deverá continuar nos próximos meses, que compreendem o período de desenvolvimento das lavouras de segunda safra.
Importante destacar que uma parcela da área com milho de segunda safra foi semeada fora da janela ideal de plantio (até meados de março), o que aumenta os riscos e possibilidade de queda na produtividade.
Desta forma, não estão descartadas revisões nas projeções de produção de milho (segunda safra), o que poderia dar sustentação às cotações no período que antecede a colheita da segunda safra e em meio à demanda aquecida.
Em curto e médio prazo esperam-se ofertas a preços menores no mercado interno. Apesar da menor produção em 2017/2018, os estoques maiores são um fator limitante para as altas de preços, principalmente com a colheita da segunda safra a partir de meados de maio e junho.
No entanto, devido a algumas incertezas sobre a produção brasileira e diante de uma demanda aquecida, o mercado poderá tomar outro rumo, em uma situação de redução maior na oferta interna do que as projeções vigentes.
Para se prevenir de uma possível retomada do movimento de alta o pecuarista pode fazer uso de ferramentas de proteção de preços.
Receba nossos relatórios diários e gratuitos