Essa pergunta foi feita por um leitor: “Qual é a representatividade do confinamento, hoje, em relação ao total de bovinos abatidos pelo Brasil?”.
Em 2008, de acordo com estimativas da Scot Consultoria, o Brasil abateu 43,77 milhões de cabeças (considerando abates formais e informais), sendo que 2,73 milhões foram terminadas no cocho. Portanto, o confinamento respondeu por aproximadamente 6,2% do abate brasileiro.
A princípio, pode parecer pouco. Mas não é. Vale destacar que essas 2,73 milhões de cabeças são disponibilizadas no mercado de forma concentrada, durante apenas 3 ou 4 meses, pressionando negativamente as cotações do boi gordo. Veja mais em
“Desova de entressafra?”.
É preciso considerar também que a participação dos animais confinados, em relação ao total abatido, está aumentando, como ilustra a tabela 1.
Em algumas regiões essa representatividade do confinamento se mostra particularmente acentuada. Goiás, que responde por cerca de 40% dos animais confinados do Brasil, tem mais de 20% do seu abate dependente de boi de cocho.
Por fim, o Brasil já é o segundo maior confinador do planeta, à frente da Austrália (que confina entre 2,3 e 2,5 milhões de cabeças ao ano). Perde apenas dos Estados Unidos, com quase 30 milhões de cabeças confinadas em 2008.
As vantagens técnicas e econômicas do confinamento estratégico, inserido dentro de um sistema de cria e recria a pasto, são muitas. Elas irão garantir o aumento do volume de cabeças confinadas ao longo dos próximos anos.
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