Depois do “estouro” da crise econômica, mais ou menos entre setembro e outubro de 2008, os negócios com carne bovina esfriaram. Como havia problemas de crédito e ninguém sabia ao certo o que iria acontecer com o consumo, os importadores optaram por queimar os estoques. A ordem era comprar o mínimo necessário, mediante o menor preço possível.
Acompanhe, na figura 1, o comportamento dos preços internacionais da carne bovina entre janeiro de 2008 e fevereiro de 2009. Os valores foram obtidos junto à FAO (órgão das Nações Unidas para questões de agricultura e alimentação).
![](http://www.scotconsultoria.com.br/images/artigos/noticia2_090601.jpg)
No período de setembro de 2008 a fevereiro de 2009, a maior retração dentre os produtos analisados foi registrada justamente para a carne
in natura do Brasil: -36%. Na seqüência vieram a carne de vaca sem osso da Austrália (-34%), os cortes congelados da Argentina (-32%), a carne bovina dos Estados Unidos e os cortes bovinos resfriados importados pelo Japão, ambos com retração de 21%.
De toda forma, como já tratamos várias vezes neste espaço, o mercado tem dado sinais de recuperação. Os estoques enxugaram e o mundo voltou a comprar, o que tem levado a alguns aumentos de preço, inclusive.
A carne bovina
in natura do Brasil, por exemplo, passou de US$2.166,67 em fevereiro último para US$2.187,89 em março e US$2.238,33/tonelada equivalente carcaça em abril.
O que preocupa os exportadores agora é a desvalorização da moeda norte-americana.
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