Foto: lsuagcenter.com
No relatório de novembro, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) revisou para baixo a produção de soja e milho nos Estados Unidos na temporada atual (2018/2019). A colheita está em andamento no país.
No caso do milho foram estimadas 371,52 milhões de toneladas neste ciclo, frente as 375,37 milhões de toneladas previstas no relatório anterior.
Ainda assim, o volume deverá ser maior que as 370,96 milhões de toneladas colhidas na safra passada.
Até o dia 11 de novembro, 84% da área com a cultura foi colhida nos Estados Unidos. Os trabalhos estão adiantados frente à temporada anterior, quando neste mesmo período 81% da área havia sido colhida, mas estão atrasados frente à média das últimas cinco safras, de 87% da área de milho colhida até então.
Com relação à soja, o volume previsto passou de 127,63 milhões de toneladas, no relatório de outubro, para 125,18 milhões de toneladas estimadas em novembro.
A colheita atingira 88% da área até o dia 11/11, frente aos 93% colhidos neste mesmo período de 2017/2018 e também na média das últimas cinco temporadas.
Apesar da revisão para baixo, o volume deverá ser recorde. Até então, o recorde fora registrado na temporada passada (2017/2018), quando foram colhidas 120,04 milhões de toneladas do grão.
Destacamos também a revisão nas exportações norte-americanas, em função da briga comercial com a China. O USDA estimou 51,71 milhões de toneladas embarcadas em 2018/2019, frente as 56,06 milhões de toneladas estimadas anteriormente.
No caso do Brasil, as exportações em 2018/2019 foram revisadas para cima, passando de 75 milhões de toneladas no relatório de outubro para 77 milhões de toneladas em novembro.
As revisões nas produções de milho e soja norte-americanos ocorreram em meio às condições climáticas mais adversas em algumas áreas, que sofreram com inundações ou neve.
Com relação aos preços da soja e milho nos Estados Unidos, estes praticamente andaram de lado desde o último relatório de oferta e demanda do USDA. Apesar das reduções nas projeções de produção, a demanda mais fraca pelo grão norte-americano deverá gerar estoques finais maiores na temporada, de 26 milhões de toneladas, frente as 24 milhões de toneladas estimadas anteriormente e as 11,92 milhões de toneladas em estoques ao final de 2017/2018.
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