Foto: Scot Consultoria
Na última sexta-feira, 23 de novembro de 2018, a Scot Consultoria promoveu o Encontro de Analistas 2018, realizado em São Paulo, no auditório da Dow Química. O evento contou com 250 participantes, que representaram 76 municípios de 12 estados diferentes.
O evento teve como objetivo abordar o atual momento da economia e o cenário da pecuária brasileira, assim como as expectativas para 2019. O público foi composto por agentes de toda a cadeia pecuária, envolvendo empresas, pecuaristas, consultores e investidores.
O evento foi em formato de debate e dividido em dois blocos, o primeiro de macroeconomia e o segundo sobre o mercado do boi gordo.
No bloco de macroeconomia, os analistas participantes foram André Perfeito, Décio Zylbersztajn, Érica Gorga, Pedro Parente, Sandro Cabral e Zeina Latif. O bloco foi moderado pela apresentadora âncora e editora-chefe do programa Mercado e Companhia, do Canal Rural, Kellen Severo
Já no bloco do mercado do boi gordo, o debate foi moderado pelo diretor e proprietário da Scot Consultoria, Alcides Torres, e a banca debatedora foi composta por Hyberville Neto, Ivan Wedekin, Leandro Bovo, Luciano Pascon, Rafael Ribeiro e Sergio De Zen.
Durante a primeira parte do evento, os debatedores discutiram quais são os principais desafios que o próximo governo irá enfrentar e quais os caminhos a serem seguidos para o avanço da economia brasileira.
Foi consenso que o cenário político econômico do país está mais otimista, porém, os primeiros meses da nova gestão irão modular as expectativas. Segundo os participantes, o governo precisará de foco para enfrentar a atual crise fiscal, que é uma das mais graves da história.
Para isso, conseguir a aprovação das reformas é a saída, mas como as agendas reformistas são duras, a preocupação fica por conta da habilidade do governo em conseguir o consenso entre os setores, tendo em vista que há uma certa resistência entre os agentes econômicos, devido a interesses próprios.
Mas por outro lado, a capacidade técnica da equipe formada pelo próximo presidente Jair Bolsonaro agrada e traz segurança para o prosseguimento da agenda reformista.
Além disso, é preciso ficar de olho nas tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China, cenário que deixa o mercado apreensivo e altera o fluxo de investimentos devido às incertezas do ambiente de negócios.
Quanto ao dólar, as expectativas são de menor volatilidade para o próximo ano, mas a tendência é de valorização da moeda americana em função do aquecimento da economia dos Estados Unidos.
No segundo bloco do evento, sobre o mercado do boi gordo, as expectativas traçadas durante o debate são positivas.
Quanto à demanda, com o possível aquecimento da economia projeta-se aumento do consumo da carne no mercado interno em 2019, além disso, a abertura de novos destinos no contexto internacional também pode colaborar com o escoamento da produção.
Com relação à oferta, os debatedores alertam para uma possível retomada na retenção de fêmeas, em função da firmeza dos preços dos animais de reposição, que já indicam a proximidade da reversão do ciclo.
Pelo lado dos custos de produção, o maior volume de milho e soja produzidos devem fazer com que os preços dos alimentos concentrados energéticos trabalhem em patamares menores. E também a expectativa de menor amplitude de variação nas cotações destes produtos em relação a 2018 podem aumentar a atratividade do confinamento em 2019.
Para saber tudo o que rolou neste bloco e no evento, acesse o site www.encontrodeanalistas.com.br.
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