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A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou, no dia 22 de agosto, o segundo levantamento da safra brasileira de cana-de-açúcar 2019/2020.
A Scot Consultoria esteve presente no evento organizado pela Superintendência da Conab em São Paulo para apresentação dos números, além de outras palestras sobre este setor. A seguir, um resumo das expectativas para 2019/2020, segundo a Conab:
Na temporada que teve início em abril no país, a expectativa é de uma redução de 2,4% na área a ser colhida, em relação ao ciclo passado.
No entanto, a produtividade deverá ser 2,7% maior, reflexo das boas condições de chuvas este ano, dos investimentos feitos na safra passada e também das áreas de renovação.
Com isso, a produção brasileira de cana-de-açúcar está estimada em 622,27 milhões em 2019/2020, um aumento de 0,3% em relação a 2018/2019.
Desse total, 242,80 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, ou 39,0% do total, deverão ser destinadas à produção de açúcar, que está estimada em 31,78 milhões de toneladas em 2019/2020, 9,5% mais que o produzido na safra anterior.
Ou seja, as estimativas apontam para crescimento da produção brasileira de açúcar, mesmo em meio aos estoques elevados nos principais países produtores e queda nos preços do açúcar no mercado internacional.
Para a produção de etanol, a expectativa é de que sejam destinadas 379,46 milhões de toneladas de cana no ciclo atual, o equivalente a 61,0% do volume previsto.
Apesar de configurar uma “safra alcooleira”, o volume de cana destinado à esta finalidade (produção de etanol) deverá ser 5,2% menor em 2019/2020 e, com isso, a produção de etanol total deverá diminuir 6,4%, frente a 2018/2019.
A estimativa da Conab é de que sejam produzidos 30,28 bilhões de litros de etanol (anidro e hidratado) a partir da cana na temporada atual. O cenário é demanda aquecida no mercado interno e preços firmes em plena safra.
Com relação à produção de etanol a partir do milho, a Conab estima um volume de 1,35 bilhão de litros em 2019/2020, um incremento de 70,3% frente à safra passada.
Boa parte dessa produção está em Mato Grosso e Goiás e estima-se que aproximadamente 3,50 milhões de toneladas de milho em grão tenham sido processadas para esta finalidade.