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Após um 2018 de muitos desafios, o mercado de suínos teve um cenário mais positivo em 2019.
Tanto a demanda interna, que a passos lentos mostrou recuperação, como a externa colaboraram para o cenário.
A peste suína africana (PSA), acontecimento que impactou diversos mercados, alavancou os embarques brasileiros de carne suína.
Outro ponto que colaborou para o mercado foi a número de de plantas habilitadas a exportar. Ao todo em 2019 foram 18 novos frigoríficos autorizados a realizar embarques.
Estes fatores refletiram na precificação do produto. Nas granjas de São Paulo, em média, os preços recebidos pelos suinocultores ficaram 34,8% maiores em 2019 frente ao ano anterior. No atacado, em igual comparação, a alta foi de 35,2%. Em 2019, os preços chegaram a atingir valores recordes.
Para este ano que se inicia, os custos de produção deverão pesar mais para o suinocultor. A oferta de milho deverá ser menor nesta temporada, junto a isso, a exportação do grão deve continuar em bom ritmo.
Do lado da demanda, o cenário econômico se mostra mais positivo para o consumidor brasileiro, o que poderá gerar aumento nas vendas internas.
No mercado internacional a PSA deverá continuar se espalhando por ainda não possuir nenhum tipo de vacina que possa frear a disseminação da doença. Com isso, as vendas brasileiras devem continuar em bom ritmo.
Segundo estimativa do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a exportação de carne suína deve crescer 20,0% em 2020 frente a 2019.
Um fato que demanda atenção é o desenrolar do acordo comercial entre Estados Unidos e China. Caso os países encerrem a guerra comercial e as taxações, a exportação de produtos norte-americanos para a China poderá voltar a crescer e ocupar a posição brasileira.
Com relação a oferta, esta deverá seguir em movimento ascendente. A melhora no setor em 2019 deve estimular a produção com o intuito de aproveitar o bom momento.
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