Os últimos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que o abate de fêmeas, proporcionalmente aos abates totais, diminuiu em 2009 na comparação com os anos anteriores. Veja na figura 1.
![](http://www.scotconsultoria.com.br/images/artigos/noticia2_090901.jpg)
Analisando somente os primeiros trimestres de cada ano (pois para 2009 só existem informações do primeiro trimestre), a participação das fêmeas no total de machos e fêmeas abatidas caiu para 41,2% em 2009, enquanto que em 2008 esse montante era de 45,3%. Em 2007 essa participação estava em 45,2%.
A redução da participação das fêmeas no abate total indica que, com o bezerro mais valorizado, houve realmente um incentivo para a retenção de matrizes. Isso após anos de abate forçado em função dos preços retraídos.
Em todas as praças pesquisadas pela Scot Consultoria, a diferença entre o preço do boi gordo e da vaca gorda está menor. Mediante um nível relativamente reduzido de oferta, os frigoríficos partem com maior agressividade para a compra de fêmeas, levando à valorização da categoria (ainda mais em período de retenção de matrizes).
Considerando as trinta praças pesquisadas pela Scot Consultoria, a diferença entre o preço do boi e da vaca gorda atualmente está em 8,4%, enquanto a diferença histórica é de 12,2%.
Não fosse essa “atratividade” do abate de fêmeas, o processo de recomposição dos rebanhos (retenção de matrizes) poderia acelerar o ritmo.
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