Catorze das principais entidades representativas do agronegcio brasileiro, florestas plantadas e bioenergia, que representam 28% de toda a matriz energtica brasileira e 16% das exportaes do Brasil, anunciaram a formao da Aliana Brasileira pelo Clima, com o objetivo de contribuir com propostas concretas para as negociaes ligadas Conveno Quadro das Naes Unidas sobre Mudanas Climticas.
O grupo formado pelas seguintes entidades:
Abag Associao Brasileira de
Agribusiness,
Abag/RP Associao Brasileira do Agronegcio da Regio de Ribeiro Preto,
Abiove Associao Brasileira das Indstrias de leos Vegetais, Abraf Associao Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas, ABTCP Associao Brasileira Tcnica de Celulose e Papel, Alcopar Associao de Produtores de lcool e Acar do Estado do Paran,
Ares Instituto para o Agronegcio Responsvel, Biosul Associao dos Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul, Bracelpa Associao Brasileira de Celulose e Papel, Icone - Instituto de Estudos do Comrcio e Negociaes Internacionais, Orplana Organizao dos Plantadores de Cana da Regio Centro-Sul do Brasil, Siamig Sindicato da Indstria de Fabricao do lcool no Estado de Minas Gerais, Sifaeg Sindicato da Indstria de Fabricao de lcool do Estado de Gois, e Unica Unio da Indstria de Cana-de-Acar.
A Aliana Brasileira pelo Clima defende seu posicionamento em dois pilares. O primeiro refere-se s recomendaes ligadas ao regime internacional que dever ser definido pelas negociaes no mbito da Conveno do Clima, como a reforma do MDL - Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, e reestruturao do REDD - Reduo de Emisses de Desmatamento e Degradao - para que os incentivos financeiros resultantes desses mecanismos alcancem diretamente os agentes responsveis pelas redues, como populaes tradicionais e proprietrios rurais.
O outro pilar diz respeito s aes no plano interno brasileiro. A Aliana sugere a adoo de iniciativas direcionadas ao desenvolvimento de uma economia de baixa intensidade de emisses de gases do efeito estufa. Uma das recomendaes que polticas pblicas nacionais de mitigao privilegiem mecanismos de comrcio de reduo de emisses, evitando a simples imposio de taxas sobre emisses de carbono.
essencial que o Brasil leve adiante propostas que ampliem as possibilidades de captao de crditos de carbono, algo a que o Brasil injustamente tem tido pouco acesso. como se fossemos penalizados por termos sido pioneiros em vrias iniciativas que claramente ajudam na reduo de emisses de carbono, mas no so reconhecidas pelos mecanismos existentes, como a prpria produo e uso em larga escala do etanol, afirma Marcos Jank, presidente da Unica - Unio da Indstria de Cana-de-Acar.
Representando o agronegcio, o Presidente da ABIOVE Carlo Lovatelli, comentou que aes como a Moratria da Soja, acopladas a pagamentos por servios ambientais constituem parte da soluo na obteno de uma poltica de desmatamento zero, com benefcios significativos para a mitigao das mudanas climticas globais.
Para a ABIOVE, iniciativas como a reduo do desmatamento e outros servios ambientais devem ser remuneradas com pagamento direto. Para tanto, o mecanismo conhecido como Reduo de Emisses de Desmatamento e Degradao (REDD) deve ser estruturado de forma a garantir que incentivos financeiros dele resultantes alcancem diretamente os agentes responsveis pelas redues, como produtores rurais. Este mecanismo dever gerar um mercado de Pagamentos por Servios Ambientais PSA que poder atrair fundos nacionais e internacionais. O Brasil est fazendo sua parte na preservao ambiental, mas ainda no est conseguindo esta contrapartida.
Por fim, a Aliana Brasileira pelo Clima tambm destacou que o Brasil pode ganhar muito com a transio para uma economia de baixo carbono, levando-se em considerao que o pas tem uma das matrizes energticas mais limpas do mundo, lder na tecnologia de biocombustveis e a maior parte de suas emisses (desmatamento ilegal) no est associada ao desenvolvimento econmico. Neste sentido, acredita-se que o Brasil marcar presena poltica de liderana em Copenhague no processo internacional mais importante do ano.
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