Há uma semana, investidores da empresa Avestruz Master amanheceu de portas fechadas. Na porta das duas unidades havia apenas um aviso de que ela estaria sendo transformada em Sociedade Anônima e que seria reaberta no dia 7/11. No Brasil são 30 filiais da empresa distribuídas em seis estados. Segundo informações dos próprios investidores, todas as filiais amanheceram com as portas fechadas.
O aviso trouxe desconfiança para muita gente e, em Uberlândia, a loja ficou cheia de investidores querendo saber o que estava acontecendo. Em Goiânia, centenas de pessoas, entre investidores e funcionários, se concentraram em frente à sede.
Em nota divulgada à imprensa, o grupo Avestruz Master informou realizar um trabalho de integração de sistemas o que teria causado transtornos na transmissão de dados entre a matriz, franquias e filias da empresa e, conseqüentemente, na comercialização das aves, devolução de cheques da empresa e que, por isso, foi necessário paralisar as atividades para evitar novos problemas.
Vários investidores foram à empresa a procura de informações, mas como não conseguiram, resolveram chamar a polícia.
Representantes do Procon do estado de Goiás, Ministério Público Federal e Ministério Público Estadual montaram esquema especial para atender os clientes e levantar os bens da empresa.
Desde abril deste ano a Polícia Federal (PF) investiga a Avestruz Master por três crimes: evasão de divisas, sonegação fiscal e crime contra o sistema financeiro nacional. Em relação aos dois últimos, a polícia já possui provas, mas estas não podem ser divulgadas por fazerem parte de processo sigiloso.
Após os rumores acerca da situação da empresa, surgidos na última sexta-feira, a PF passou a investigar outros quatro crimes, sendo eles, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, crime contra o consumidor e crime contra a economia popular.
Até o momento, os sócios da empresa prestam depoimento, para dar continuidade ‘as investigações.
Para se ter uma idéia, só em Pernambuco a Avestruz Master investiu ano passado cerca de R$12 milhões na construção de fazendas para a criação do animal. A principal criação seria em Vitória de Santo Antão, em um espaço com cerca de 200 hectares. (AAV)
<< Notícia Anterior
Próxima Notícia >>