Uma das reclamações dos frigoríficos é que as exportações, dependendo do mercado e do tipo de produto em questão, não estão compensando por conta dos preços da carne e do real valorizado. E apesar de “somente” 25% da carne produzida pelo Brasil ser comercializada no mercado externo, essa atividade exerce grande influência em toda a cadeia.
Analisando o comportamento do preço do boi gordo (maior custo do frigorífico) e o preço médio da carne bovina in natura exportada pelo Brasil – tudo em reais, já considerando o câmbio – temos que realmente, desde 2004, os preços do boi gordo subiram mais do que a remuneração dos frigoríficos com a venda de carne no mercado externo. Observe a figura 1.
De janeiro de 2004 até outubro de 2009 o preço do boi gordo subiu quase 30% enquanto o preço da carne exportada subiu pouco mais de 6%. É importante salientar que nesse meio tempo houve momentos em que a carne subiu mais do que o boi, dando fôlego para os frigoríficos.
No entanto, comparando o que houve desde 2004, a carne realmente subiu menos que o boi gordo. Daí a pressão sobre os custos dos frigoríficos exportadores e a resistência forte contra a alta dos preços do gado.
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