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Scot Consultoria

Redução de tarifas comerciais deve beneficiar o Brasil


Quinta-feira, 3 de dezembro de 2009 - 08h30

Um grupo de 22 países em desenvolvimento, incluindo o Brasil, assinou nesta quarta-feira (02), em Genebra, um acordo para reduzir tarifas de importação entre eles. A negociação, chamada Rodada São Paulo, acontece dentro do âmbito do Sistema Global de Preferências Comerciais entre Países em Desenvolvimento (SGPC). Entre os países estão os árabes Argélia, Egito e Marrocos. Também participaram das negociações Argentina, Paraguai, Uruguai, Chile, Cuba, Índia, Irã, Indonésia, Malásia, México, Nigéria, Paquistão, Coréia do Sul e Coréia do Norte, Sri Lanka, Tailândia, Vietnã e Zimbábue. O acordo determina que serão reduzidas as tarifas comerciais entre o grupo, em, no mínimo, 20%. Essa redução ocorrerá sobre, pelo menos, 70% dos produtos comercializados. O passo seguinte para efetivar o acordo será, segundo informações divulgadas pelo Itamaraty, o envio de lista de produtos, por cada um dos países, até maio do ano que vem. Entre maio e setembro, as nações envolvidas negociarão bilateralmente. As listas finais de compromisso serão apresentadas até setembro e o tratado entra em vigor quando todos o assinarem. “O acordo Sul-Sul hoje lançado criará novas oportunidades de acesso a mercados para uma ampla gama de produtos exportados de países situados na África, Ásia e América Latina”, diz o Ministério de Relações Exteriores do Brasil, em nota. Segundo o texto, após o acordo assinado, a cada dois anos, os participantes buscarão ampliá-lo. “O governo brasileiro está convencido de que o acordo é um passo sem precedentes na cooperação Sul-Sul. O acordo inspirará iniciativas similares e complementares que contribuirão para impulsionar a prosperidade econômica e social dos países em desenvolvimento”, afirma a nota. Com os três países árabes que participam da negociação o Brasil já tem pauta uma ativa de comércio, o que deve ser favorecido pela redução das tarifas. Para a Argélia, o país exportou, entre janeiro e outubro deste ano, US$563 milhões, principalmente em açúcar, carnes e óleo de soja. E o Brasil importou dos argelinos US$1,19 bilhão, basicamente em petróleo. Para o Egito as exportações foram de US$1,1 bilhão, em itens como minérios, carnes e açúcar, e o Brasil importou do país US$75 milhões, boa parte em uréia. O Marrocos vendeu para o Brasil US$312 milhões, principalmente em fosfatos, e recebeu US$440 milhões, em açúcar, soja, milho, entre outros. O SGPC foi criado em 1989 e prevê concessões preferenciais e cooperação para estimular o comércio entre os países em desenvolvimento. Ele se enquadra nas regras da Organização Mundial do Comércio em uma cláusula que permite a adoção de tarifas menores em favorecimento aos países menos desenvolvidos. Fonte: Agência de Notícias Brasil-Árabe, adaptado por Scot Consultoria
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