Foto por: Bela Magrela
Durante o período de 4 a 8 de setembro, o Confina Brasil promoveu pesquisas em confinamentos localizados nos estados da Bahia e Minas Gerais, abrangendo um total de seis fazendas que praticam produção intensiva e/ou semi-intensiva de gado de corte. Durante essas visitas, destacaram-se investimentos em infraestrutura, gestão de pessoas, compromisso com a sustentabilidade e produção de carne premium. Encerrando assim, a terceira rota da expedição.
Em São Desidério-BA, pertencente ao Grupo KPS, a Fazenda Santo Inácio investiu em uma ideia de infraestrutura diferenciada, otimizando o espaço útil da fazenda e reaproveitando nutrientes tanto da lavoura quanto da pecuária. Após a etapa da recria realizada a pasto, durante a entressafra do capim, os gestores da Santo Inácio montam uma estrutura de confinamento móvel em um espaço normalmente destinado à lavoura. A fazenda realiza uma “terceira safra”, que seria o boi. Eles levantam um confinamento temporário quando a terra não está sendo usada para o plantio, onde são alojados os bovinos até o momento do abate, depois a estrutura é desfeita para dar lugar à lavoura novamente. O mais impressionante é a qualidade da estrutura, mesmo móvel, conta com cochos de concreto bem alinhados, uma rua de alimentação plana e sistema de nebulização para mitigar a poeira.
Foto por: Bela Magrela
Na Captar Agrobusiness, há uma preocupação constante e um compromisso diário com o bem-estar, não só dos animais, mas também dos colaboradores. Na empresa, localizada em Luís Eduardo Magalhães-BA, foi realizado investimento em um espaço comum para os colaboradores, anexo ao refeitório. Nessa área recreativa, são disponibilizados computadores e mesas para aulas teóricas ministradas em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) de Luís Eduardo Magalhães, assim como mesas de jogos e locais de descanso para os colaboradores da fazenda. Essa abordagem gera um incentivo diário para os colaboradores desempenharem suas funções, visto que um ambiente acolhedor e de conforto reflete na motivação da equipe.
A fazenda também se destaca por seu envolvimento em diversos projetos voltados à comunidade local e pesquisas de cunho ambiental. Por meio da parceria com o Senar, a Captar oferece diversas oportunidades, nas quais estudantes podem participar de um programa de “jovem aprendiz”, com aulas teóricas e práticas realizadas no próprio confinamento. Além disso, a Captar hoje realiza uma parceria com a prefeitura de Luís Eduardo, fazendo doação de parte do adubo orgânico produzido na fazenda através da compostagem dos dejetos bovinos.
Foto por: Bela Magrela
Também em Luís Eduardo Magalhães-BA, a expedição visitou o confinamento da Frilem, que é detentora de uma linha de carne especial chamada "Boi Premium". A Frilem adquire bezerras destinadas à recria e engorda em sistema de confinamento, elas são abatidas até os 18 meses de idade com foco na produção de uma carne de qualidade superior. Essa carne é classificada como premium e comercializada em churrascarias e boutiques de carnes da região.
A rota se encerrou em São João da Ponte-MG, na fazenda do grupo Carapreta. Com capacidade estática para 70 mil bovinos, o confinamento bovino se dedica exclusivamente à criação da raça Angus – com seleção criteriosa dos animais. A carne produzida pelo grupo deve atender aos critérios de classificação da Associação Brasileira de Angus. Ainda, após o abate, além de atender às exigências da Associação, o confinamento também avalia o grau de marmoreio e acabamento de gordura das peças para atender às exigências do selo Carapreta de qualidade.
O confinamento conta com uma estrutura surpreendente e tecnologia de ponta: ruas de alimentação asfaltadas, biodigestores, sistema de monitoramento via satélite, mais de 30 pivôs de irrigação, e muito mais. Hoje, o Carapreta é praticamente autossuficiente, atuam de ponta a ponta na cadeia, desde a produção dos alimentos consumidos no confinamento até o abate dos animais, atuando não só com a produção de bovinos de corte, mas também ovinos e caprinos, além da piscicultura.
Foto por: Bela Magrela
Em 2023, o Confina Brasil tem apoio de grandes empresas e entidades do agronegócio:
São patrocinadores "Ouro":
• Casale
• Elanco
• Nutron
No patrocínio "Prata", o apoio é da Associação Brasileira de Angus.
Na categoria montadora, a expedição conta com a parceria da Mitsubishi.
São parceiros institucionais a Embrapa Pecuária Sudeste, Embrapa Agricultura Digital e a Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR).
Quer acompanhar mais a fundo a jornada dos profissionais do Confina Brasil pelo país? Basta acessar o perfil oficial do projeto no Instagram: @confinabrasil, além do site confinabrasil.com.
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