O mercado físico do boi gordo está lento, em função de oferta pequena, venda de carne mais fraca e poucas perspectivas de grandes alterações no curto prazo.
Mas o mercado futuro do boi gordo (negociado na BM&F) está ainda mais lento. O número de contratos abertos está abaixo da média dos últimos anos, o que já tira a liquidez do mercado e limita os negócios. Nesta mesma época em 2008, havia cerca de 10,5 mil contratos abertos para o vencimento de outubro/08 contra os cerca de 3,0 mil atuais para outubro/10.
Além do mais, as perspectivas de preços para os contratos com vencimentos mais longos não estão muito atrativas. Observe na tabela 1.
![](http://www.scotconsultoria.com.br/images/artigos/noticia_1_100127.gif)
Observe que geralmente em janeiro as expectativas são de que os preços do boi gordo aumentem cerca de 10% até outubro (média das variações de 2001 a 2009). Entretanto, em 2010, o mercado aponta por uma valorização mais modesta, de cerca de 4%, isso ajuda na lentidão dos negócios, por falta de estímulo de preços melhores.
É válido lembrar que 2008 e 2009 foram anos atípicos. Em janeiro de 2008 a União Européia havia acabado de embargar a carne bovina brasileira, minando as perspectivas de preços melhores para outubro de 2008 (no entanto, o mercado futuro chegou a R$100,00 em meados de junho). Em 2009 foram as incertezas da crise econômica internacional que trouxeram desânimo para uma recuperação dos preços em outubro do mesmo ano.
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