O governo brasileiro vem intensificando as negociações com alguns países, a fim de reduzir as restrições comerciais impostas a produtos agropecuários brasileiros após a descoberta de focos de febre aftosa em Mato Grosso do Sul.
Israel, por exemplo, que havia embargado a carne de todo o Brasil, agora limitou a restrição a Mato Grosso do Sul. Argélia e Chile, que também suspenderam por completo as compras, já sinalizaram que podem arrefecer as restrições.
Com relação à Indonésia, a “briga” é para que o país volte a importar farelo de soja do Brasil. As negociações estão adiantadas.
Desde o surgimento da doença, 52 países já impuseram algum tipo de restrição comercial à carne bovina brasileira. Alguns foram mais além, estendendo os embargos a outras carnes e até a outros produtos agropecuários, como farelos e sêmen.
No momento os maiores temores estão relacionados à União Européia, que até setembro absorvia cerca de 35% das exportações brasileiras de carne bovina (em termos de faturamento).
Os europeus embargaram a carne bovina de Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná, mas existem pressões internas para que o bloco amplie as restrições. Isso porque alguns setores da União Européia estariam insatisfeitos com determinadas medidas do governo brasileiro, dentre elas a liberação do comércio de carne e gado do MS para outros Estados e a demora em esclarecer o que de fato está acontecendo no Paraná. (FTR)
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