A confirmação da ocorrência de febre aftosa no Paraná pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) causa divergências entre o governo do Estado do Paraná.
O Ministério reconhece a situação em função do contato entre animais do município de São Sebastião da Amoreira (PR) e animais da região afetada no Mato Grosso do Sul. Além disso, os exames indicaram sorologia positiva. Conforme o Código Sanitário Internacional, essas situações são suficientes para caracterizar a ocorrência da doença, mesmo que o vírus não tenha sido isolado.
A sorologia positiva acontece quando os animais têm anticorpos, o que pode ser efeito da doença ou da vacinação. E pode haver certa confusão nos resultados justamente por isso, apesar de não ser muito comum.
De acordo com o secretário de Defesa Agropecuária, a confirmação do foco no Paraná não deverá ampliar os impactos econômicos. Muitos dos embargos já incluíam o Paraná na listagem. Além disso, as medidas tomadas desde o surgimento da suspeita podem amenizar os possíveis impactos.
Agora as autoridades do Estado devem resolver se devem sacrificar os animais ou realizar o abate sanitário. Dependendo da decisão, os embargos podem durar de 6 até 18 meses.
Mas, enquanto as autoridades resolvem o que farão a esse respeito, o mercado do boi gordo sofre.
Os preços do boi oscilam, as compras diminuem, especulações são postas à prova a todo momento e frigoríficos e pecuaristas padecem com a dificuldade de um planejamento no curto, que diria no longo prazo. (MGT)
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