Em uma fazenda no interior de São Paulo, o produtor resolveu sair da atividade de cria, e hoje recria bezerras de cruzamento industrial (nelore x simental) com o objetivo de se tornarem receptoras para a transferência de embriões.
É uma estratégia interessante, pois a negociação é diretamente com o cliente (o criador de animal elite) que chega a pagar 23@ de boi gordo quando a receptora está prenhe. Hoje isso equivale a R$1.265,00 (cotação da arroba do boi gordo do dia 14/06, em São Paulo), 107% a mais do que o frigorífico pagaria se a novilha fosse vendida para abate (R$611,00 considerando seu peso de 13@ em arroba de vacas).
A agregação de valor a um produto acontece quando são oferecidos ao consumidor benefícios, convencendo-o de que é compensador pagar mais.
No caso da “transformação” das novilhas em receptoras, o produtor oferece serviços de transferência de embriões, e garante a sanidade do rebanho. Contudo, essa atividade exige planejamento técnico e econômico especializado, garantindo índices de prenhezes que viabilizem a atividade.
Essa é uma estratégia de descomoditização, onde o produtor sai do atacado (frigorífico) e vai para o varejo (criadores). (AAV e DF)
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