O mercado chileno é um dos mais promissores para a carne bovina brasileira. Em 2005, os chilenos chegaram a importar quase 100 mil toneladas de carne bovina brasileira.
Mas, desde abril de 2009, quando o embargo a carne brasileira acabou, as exportações para esse país não evoluem.
Segundo dados do
Instituto de Promoción de La Carne Vacuna (IPCVA) da Argentina, o Chile importou deste país o equivalente a 58,9 mil toneladas equivalente carcaça (tec) em 2009, totalizando US$153,2 milhões.
Em contrapartida, o Brasil exportou 9,1 mil tec para o Chile, um total de US$22,3 milhões. Veja na figura abaixo.
Veja que na comparação entre as exportações dos dois países, o Brasil exportou o equivalente a 16% do volume argentino em 2009 para o Chile.
Para uma exportação que em 2005 alcançou quase 100 mil toneladas, o potencial de crescimento para este país é enorme.
Segundo dados da ABIEC (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne), a Argentina é considerada o maior exportador de carne bovina para o Chile, o que corresponde a 45% da quantidade importada, seguida do Uruguai com 41%.
Porém, dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) mostram que a Argentina deve exportar 42% menos em 2010. Se isto se concretizar, dificilmente o país conseguirá suprir a necessidade chilena.
E mesmo em um cenário pessimista, onde o Chile voltasse sua demanda para a carne Uruguaia, com o atual rebanho que possuem os uruguaios também não conseguiriam preencher a lacuna deixada pela Argentina.
Suponhamos que o Chile deixe de importar 20% do que compra da Argentina, o equivalente a 11,8 mil tec, e passe a comprar esse volume de carne do Brasil.
Mantendo o preço atual pago pela carne brasileira, o aumento no volume exportado pelo Brasil para o Chile seria de 130%, com uma receita adicional de US$37 milhões.
Ou seja, sinal verde para este mercado.
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