Foi anunciada recentemente a descoberta de uma jazida de fosfato (fósforo) localizada na Serra do Caeté, no Mato Grosso, a 300km de Cuiabá, com potencial de exploração de aproximadamente 450 milhões de toneladas.
A partir do início da exploração, o estado passaria da condição de importador para exportador de minérios. Lembrando que, atualmente, o Brasil importa cerca da metade de todo fósforo utilizado na produção de fertilizantes.
A descoberta faz parte do primeiro relatório do Projeto Fosfato Brasil, do Ministério de Minas e Energia, que há cinco anos realiza no estado o mapeamento geofísico para descoberta de minerais. O Mato Grosso foi o primeiro a aderir ao projeto.
Em artigo recente denominado “Em três fatos o fosfato é a vedete dos últimos tempos”, Richard Jakubaszko e colaboradores destacam a preocupação em relação à escassez de fosfato no mundo.
“O fósforo é um mineral finito e insubstituível, cujas reservas conhecidas e de exploração economicamente viável no presente podem se esgotar num prazo de 90 a 100 anos, se for mantido o ritmo atual de consumo mundial.”
De acordo com dados da Secretaria de Estado de Comércio, Minas e Energia (SICME), o Mato Grosso consome 610 mil toneladas de fosfato por ano, utilizado, principalmente, na produção de grãos e recuperação de solos degradados.
A produção anual destes grãos custa hoje para o estado R$8 bilhões. Dessa forma, a exploração da jazida poderia representar uma redução dos custos de produção.
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